Gritei com as almas quando fui morte,
Sussurrei fantasmas quando fui medo,
Declamei aos vultos quando fui relance.
Dancei com as árvores ao vento.
Sujei, relinchei e bradei, animal.
Sem saber onde fui pararum dia, acordei não-eu,
Sem saber o que era, escrevi ao poeta;
Mas sem saber quem eu era,
assinei um poema não-meu.
(Gabriel da Matta, 2007)
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