A maneira é sem eira,
sem rima,
nem tento.
À beira um teatro,
um hospício,
dois remos.
E torto, sem lenço,
invento à vontade,
existo tão tarde...
Acendo um incenso,
vagueio, desejo,
e viro e bocejo.
...
Piso tanto palco, falto
à mim mesmo num beijo.
Vivo como faço arte,
num volteio te vejo.
O pouco que fico
me sinto à vontade,
existo tão tarde...
Acendo um incenso,
vagueio, desejo,
suspiro e bocejo.
(Aline Pereira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário