domingo, 6 de julho de 2008




"O homem moderno é um insensível."
"A decadência política nos deixa frios."
(Anatole Baju)

"Tudo se resume na palavra queda." (Mallarmé)

"Tudo já está bebido e comido, não há mais nada a dizer." (Verlaine)

Nossa própria pena é o que podemos sentir.
Insensíveis e apolíticos, não nos enganemos.
Respiramos...
...
indistintos,
inexatos.
Abismos de nós mesmos, nosso espaço.
Vazio sem cor, sem luz ou treva,
calor ou frio, opostos.
E o Nada.
Nosso prazer, nossa queda.
Que importam apetites, excessos...
Parados não paramos.
E a Alma... inúteis profundezas.
Mergulhos no tédio do não ser,
não tomemos partido,
não queremos ter partido!
Verdades?
Nada.
Silêncio!
Como estamos morrendo, também, esperemos mudos.

Aline Pereira
* (Tela Auto-retrato, de Marilyn Manson)

Nenhum comentário: