segunda-feira, 7 de julho de 2008

Poesia imprópria

Cantei com os pássaros quando fui grito,
Gritei com as almas quando fui morte,
Sussurrei fantasmas quando fui medo,
Declamei aos vultos quando fui relance.

Dancei com as árvores ao vento.
Sujei, relinchei e bradei, animal.
Sem saber onde fui pararum dia, acordei não-eu,
Sem saber o que era, escrevi ao poeta;
Mas sem saber quem eu era,
assinei um poema não-meu.

(Gabriel da Matta, 2007)



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